Foto: Gilberto Ferreira (BD, 09/05/2024)
O Instituto Geral de Perícias (IGP), a Polícia Civil, a Secretaria de Meio Ambiente e a Defesa Civil retornaram ao Morro do Cechella, no Bairro Itararé, em 9 de maio para investigar alterações clandestinas feitas no local.
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) divulgou nesta sexta-feira, 19 de julho, o laudo final sobre a investigação das valetas abertas no Morro do Cechella, no Bairro Itararé, em Santa Maria. O relatório esclarece a situação após o deslizamento de terra ocorrido no dia 1º de maio, que resultou na morte de Liane Ulguin da Rocha, 45 anos, e sua filha Emily Ulguin da Rocha, 17 anos.
O deslizamento, que tragicamente soterrou mãe e filha, motivou uma investigação das alterações no solo do morro. As autoridades foram acionadas por denúncias de moradores sobre a abertura clandestina de valetas e a instalação de uma lona no alto do morro. Em resposta, o IGP, junto com a Polícia Civil, a Secretaria de Meio Ambiente e a Defesa Civil, retornaram ao local para uma nova perícia.
De acordo com o laudo do IGP, as valetas foram encontradas abaixo do ponto inicial do deslizamento e ao longo do trajeto descendente de um reservatório de água na região. A análise das características das valetas, como profundidade, comprimento e largura, indica que elas foram criadas por ação humana. No entanto, o laudo esclarece que essas valetas não foram responsáveis pelo deslizamento.
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A perícia revelou que as valetas foram formadas após o deslizamento. Os sinais de erosão e escoamento de água sobre as valetas mostram que elas surgiram depois do evento, uma vez que não apresentavam desgaste intenso, evidenciando que não estavam presentes antes do desmoronamento.
Confira um trecho do laudo que diz: “Considerando o trajeto percorrido no sentido do aclive, do reservatório de água existente na região até o ponto inicial do deslizamento, as valetas analisadas situam-se em posição anterior ao ponto de deslizamento, não tendo contribuído para a ocorrência do mesmo. A partir do ponto de deslizamento, acima deste, não foi observada a existência de valetas.”
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